terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

SÉRIE CHICO XAVIER - DEPRESSÃO


Chico Xavier ficou deprimido. A culpa tomou conta dele. Os espíritos inferiores atacavam seus amigos e parentes como forma de atingi-lo. Seus adversários eram punidos com mortes trágicas. Todos sofriam por sua causa. Conclusão: ele era má companhia tanto para os aliados como para os rivais.
 Estava tão só e inconsolável que decidiu pedir a Emmanuel não um conselho, mas uma orientação da própria Maria de Nazaré. Alguns dias se passaram e o guia voltou com uma frase atribuída à mãe de Jesus:
 - Isso também passa.
 Chico se sentiu anestesiado. Escreveu o recado num papel e o colocou na cabeceira da cama. Todas as noites e manhãs ele lia a frase e se consolava. Emmanuel tratou de fazer uma ressalva: a frase valia tanto para os momentos tristes como para os alegres.



(SOUTO MAIOR, Marcel. As vidas de Chico Xavier. 2ª Ed. São Paulo: Planeta do Brasil, 2003. p. 141-142)

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

SÉRIE ALLAN KARDEC - NASCE KARDEC

Kardec nasceu exatamente no dia 18 de abril de 1857 com o lançamento de O Livro dos Espíritos. A opção pela utilização do pseudônimo foi um recurso que visava evitar que a obra fosse confundida com o trabalho de Rivail como pedagogo e que isso pudesse, inclusive, prejudicar seu sucesso. A ideia acabou por definir um marco de início da nova fase de Rivail. O nome deve-se a uma revelação do espírito Zéfiro que teria convivido com Rivail nas Gálias, em outra encarnação, na qual este último respondia pela alcunha de Kardec.
A missão de Kardec já havia sido estipulada e assim que ele a compreendeu, recebeu da espiritualidade a mensagem de incentivo de que precisava para continuar o empreendimento:
“Ocupa-te, cheio de zelo e perseverança, do trabalho que empreendeste com o nosso concurso, pois esse trabalho é nosso. Nele pusemos as bases de um novo edifício que se eleva e que um dia há de reunir todos os homens num mesmo sentimento de amor e caridade. Mas, antes de o divulgares, revê-lo-emos juntos, a fim de lhe verificarmos todas as minúcias. Estaremos contigo sempre que o pedires, para te ajudarmos nos teus trabalhos, porquanto esta é apenas uma parte da missão que te está confiada e que já um de nós te revelou”.¹
A primeira edição do Livro dos Espíritos foi publicada em formato grande, com apenas 176 páginas, sendo duas colunas de texto em cada uma. Ao todo eram 501 perguntas e respostas dividas em três partes:
1.      Doutrina Espírita – com 10 capítulos;
2.      Leis Morais – com 11 capítulos;
3.      Esperanças e Consolações – 13 capítulos.
A repercussão da obra foi enorme. Segundo Charles Richet, Kardec teria sido o homem que exerceria a mais penetrante influência no período entre 1847 e 1871, traçando o sulco mais profundo na ciência metapsíquica.²
O jornal Courrier de Paris, em 11 de julho de 1857, divulga em suas páginas a seguinte matéria assinada pelo senhor G. Du Chalard:
“O Livro dos Espíritos, do senhor Allan Kardec, é uma página nova do grande livro do infinito, e estamos convencidos que esta página será assinalada. (...) Não conhecemos o autor, mas confessamos, abertamente, que ficaríamos felizes em conhecê-lo. Quem escreveu a introdução de O Livro dos Espíritos deve ter a alma aberta a todos os sentimentos nobres”.
“A todos os deserdados da Terra, a todos quantos avançam ou caem, regando com as lágrimas o pó da estrada, diremos: Lede o Livro dos Espíritos; ele vos tornará mais fortes. Também aos felizes, aos que em seu caminho só encontram as aclamações da multidão e os sorrisos da fortuna, diremos: Estudai-o e ele vos tornará melhores”.
Segundo Zeus Wantuil, Henry Joly, arquivista-paleógrafo francês, teria afirmado que o Livro dos Espíritos realmente oferecia o corpo da doutrina, de modo a se notar o antigo professor de ciências o que faria de Kardec o primeiro teórico do espiritismo.³
A segunda edição do Livro dos Espíritos foi lançada em 28 de março de 1860. Em verdade, a princípio, a idéia teria sido a de publicar uma segunda parte do livro, uma espécie de segundo volume.
“Por muito importante que seja esse primeiro trabalho, ele não é, de certo modo, mais do que uma introdução. Assumirá proporções que longe estás agora de suspeitar. Tu mesmo compreenderás que certas partes só muito mais tarde e gradualmente poderão ser dadas a lume, à medida que as novas idéias se desenvolverem e enraizarem. Dar tudo de uma vez fora imprudente. Importa dar tempo a que a opinião se forme”4.
Kardec, contudo, desiste da idéia de criar o segundo volume do livro e opta por um trabalho mais árduo de ampliação e revisão da primeira edição.
O primeiro livro da codificação espírita é verdadeiramente um livro da espiritualidade. Ele “nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado. Só a ordem e a distribuição metódica das matérias, assim como as notas e a forma de algumas partes da redação constituem obra daquele que recebeu a missão de os publicar”1.
Apesar disso, Kardec sente a necessidade de criar novas terminologias que se adequassem a expressar melhor os conceitos da nova doutrina. Entre as novas expressões é possível verificar os vocábulos espírita, espiritista e espiritismo. Além disso, explica mais detalhadamente conceitos como espiritual, espiritualista e espiritualismo. O codificador utiliza-se do termo “filosofia espiritualista” e explica que:
“Como especialidade, o Livro dos Espíritos contém a doutrina espírita; como generalidade, prende-se à doutrina espiritualista, uma de cujas fases apresenta. Essa a razão porque traz no cabeçalho do seu título as palavras: Filosofia espiritualista” 5.
O objetivo, portanto, dessa primeira obra era o de estabelecer os fundamentos da doutrina espírita sem risco de incorrer em erros e prejuízos. Kardec, no entanto, enfatiza sua atuação como simples organizador, dispensando os títulos de fundador, criador ou inventor de uma nova filosofia. Inclusive afirmando posteriormente na Revista Espírita que o papel de coordenador foi a única parte que lhe coube nessa obra cabendo toda honra aos Espíritos.

“(...) Allan Kardec, apagando a própria grandeza, na humildade de um mestre- escola, muita vez atormentado e desiludido, como simples homem do povo, deu integral cumprimento à divina missão que trazia à Terra, inaugurando a era espírita-crista, que, gradativamente, será considerada em todos os quadrantes do orbe como a sublime renascença da luz para mundo inteiro 6.



Referências:
¹ Livro dos Espíritos – prolegômenos
² Allan Kardec – vol II – bibliografia de Zeus Wantuil e Francisco Thiesen – p. 103
³ Idem, ibidem, p. 101
4 Obras Póstumas, "Minha primeira iniciação no espiritismo" – p.347
5 Livro dos Espíritos – introdução- item I
6 Cartas e Crônicas – psicografado por Chico Xavier – capítulo 28 (autoria de Irmão X)

domingo, 26 de fevereiro de 2017

TRILOGIA SOBRE O TRABALHO - PARTE 1: CRIANÇAS ESPIRITUAIS

(por Alessandra Mayhé)


Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. (Hebreus 5:12)

Hoje, nós vamos começar uma conversa que irá durar três semanas. Ao longo das próximas publicações, vamos conversar mais sobre algumas questões relacionadas ao trabalho. Os temas a serem abordados serão:
  1. Crianças Espirituais: Como encaramos nossa responsabilidade?
  2. O Trabalhador da Última Hora: Quando devo começar a trabalhar?
  3. Os 40 anos de Moisés no deserto: Quanto tempo devo esperar até obter a minha recompensa?

Sendo assim, para iniciarmos a conversa, vamos tentar entender melhor qual o nosso nível de compreensão a respeito da importância do trabalho em nossas vidas.

Nossos companheiros, amigos e guias espirituais estão sempre nos alertando quanto à necessidade do trabalho ativo no bem. Ouvimos as lições evangélicas, sentimos nossos corações reconfortados, pensamos na nossa responsabilidade quanto à mudança de nossas atitudes, sentimos até uma vontade de começar a dar os primeiros passos.... mas, após uma análise mais profunda, nos acomodamos novamente em nosso afazeres diários, assumimos como “difícil” ou “quase impossível” uma mudança de atitude em nossas vidas, e nos permitimos continuar engatinhando, ao invés de empreendermos esforços para aprender a caminhar sozinhos.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

RESENHANDO - O CONSOLADOR

No formato de perguntas e respostas, tão familiar à bibliografia espírita, o livro O Consolador ditado por Emmanuel através do nosso querido Chico Xavier, esclarece de forma didática os três aspectos básicos do espiritismo como ciência, filosofia e religião.
São vários temas organizados em 1941 e publicados pela FEB, que vão desde as diversas ciências, necessidade da iluminação interior, a dor no processo de evolução, velho testamento, prática espírita, desenvolvimento da mediunidade, dentre outros, até à compreensão do espiritismo como consolador prometido por Jesus.
É um livro muito indicado para o estudo profundo da doutrina consoladora, que pode ser lido sequencialmente ou ao acaso. Conta com cerca de 411 questões respondidas com muita precisão por Emmanuel.
Entre os tópicos do livro se destaca o Capítulo IV dedicado à ILUMINAÇÃO, no qual Emmanuel vem ratificar um dos princípios básicos da doutrina: “A necessidade imediata dos arraiais espiritistas é a do conhecimento e aplicação legítima do Evangelho, da parte de todos quantos militam nas suas fileiras, desejosos de luz e de evolução. O trabalho de cada um na iluminação de si mesmo deve ser permanente e metodizado”.

Assim sendo, busquemos a iluminação hoje e sempre, através das nossas obras e com auxílio dos nossos irmãos da espiritualidade que nos trazem livros cheios de fé, conhecimento e amor. 

O consolador
Pelo espírito Emmanuel
Através do médium Francisco Cândido Xavier

(Resenha escrita por Paula Carolina Banhoz)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

VOCÊ SABIA #3 - GENÉTICA

(Por Pablo Angely)
Você sabia que #genética e #espiritualidade têm tudo a ver e que a #evolução material ou física das espécies ocorre devido a modificações no código genético e é resultado da interferência do #perispírito durante as fases iniciais do desenvolvimento embrionário, influenciando inclusive na predisposição orgânica para o exercício da #mediunidade?
Hein?! Como assim?! Mas a mediunidade não é um dom de uns poucos ou certos escolhidos? Como ela pode ser uma predisposição orgânica?
Pode ser e é. Entre outros fatores, todo nosso processo reencarnatório é algo planejado, por muitas vezes muito bem discutido e detalhado por trabalhadores do plano espiritual dedicados a essa tarefa nada simples. E, dentro desse processo amplo, nosso organismo espiritual, por assim dizer, vai passando por modificações enquanto avançamos na escala da evolução espiritual – ainda que vagarosamente, arrastando-se penosamente como uma tartaruga cansada, a gente vai avançando, não duvide disso.
Tais modificações, no campo da mediunidade, podem ser tanto a consequência do progresso espiritual do ser quanto uma manifestação cármica destinada a dar ao mesmo a oportunidade de se recuperar em determinada tarefa que lhe surgirá como prova ou como expiação. Só para ilustrar e ampliando o foco para além das capacidades mediúnicas, tais modificações podem ainda incutir no indivíduo uma má formação genética ou a “semente” de uma doença genética que se manifestará naquela encarnação em dado momento, conforme o planejamento que citamos lá em cima.
O nosso material genético carrega em si todas as operações e transformações físicas, químicas, elétricas e magnéticas que necessitaremos em nossos corpos durante a vida. E é no óvulo fecundado que o espírito reencarnante tem gravado o programa de sua vida inteira – novamente por ação de abnegados trabalhadores espirituais que se dedicam a tal tarefa. Ou seja, seu código genético trará nele todas as possibilidades de seu ser, incluindo aí as capacidades mediúnicas que eclodirão na época prevista para tal.
Obviamente, o que de fato ocorrerá em vida (encarnada) vai depender daquele espírito encarnado específico – se ele vai atender ao chamado da dita eclosão ou não, se vai se desviar dos compromissos assumidos ou se vai se dedicar a eles e por aí vai, determinando a senda evolutiva de cada um – ou seja, não há fatalismo.
 Há um planejamento prévio, que abrange aspectos gerais e mais preponderantes na sua vida, mas os pormenores quem rege é você. E até os pontos cruciais também, pois seus atos, palavras, sentimentos e pensamentos influenciam diretamente na sua produção hormonal, o que (por um processo que não será discutido aqui hoje) interfere até na modificação do seu #DNA. Sério?! Sim, muito sério...
Portanto, mediunidade não só não é dom ou prêmio divino, como ainda é algo que você pode vir a desenvolver ou a comprometer em seu organismo e, também, contribuir para aumentar seus débitos perante a justiça divina ou atenuá-los.
A fatalidade (o famoso destino) nesse caso reside no seguinte pensamento: se a plantação é livre, a colheita nos é imposta. Pois somos aquilo que pensamos!

Pode o homem, pela sua vontade e por seus atos, fazer que se não deem acontecimentos que deveriam verificar-se e reciprocamente?
“Pode-o, se essa aparente mudança na ordem dos fatos tiver cabimento na sequência da vida que ele escolheu. Acresce que, para fazer o bem, como lhe cumpre, pois que isso constitui o objetivo único da vida, facultado lhe é impedir o mal, sobretudo aquele que possa concorrer para a produção de um mal maior.”

(Livro dos Espíritos – questão 860) 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

SÉRIE CHICO XAVIER - CHICO E OS ANIMAIS



Quando entrou em casa (após voltar do trabalho), encontrou seu cachorro de estimação, Lorde, agonizando na cozinha. Ele se contorcia, revirava os olhos e, com o rabo entre as pernas, gania. Lucília e Dália acompanhavam o sofrimento à distância. Chico se ajoelhou e, sacudido por soluços, descreveu uma cena invisível: um outro cão, vindo do além, lambia o companheiro para atenuar seu sofrimento nos últimos momentos.

Um ano depois, o rapaz comentou em conversa com amigos, diante das irmãs:

- Eu tinha um cão maravilhoso. Mas, como ele fazia xixi pela casa inteira, Dália e Lucília acharam melhor envenená-lo.

As duas coraram. Chico fingiu ter se conformado. Na verdade, ficou chocado com o assassinato do cachorro. Era fascinado por animais. Encarava os bichos como irmãos caçulas do homem e cuidava deles com obstinação. Até mesmo quando assumia o papel de pescador. Numa tarde, vencido pela insistência dos amigos, aceitou um convite para pescar. Pôs o chapéu na cabeça e, ao lado dos companheiros, tomou o rumo do ribeirão. Sorridente, acomodou-se em um barranco e lançou a linha na água. Seus vizinhos fisgavam um peixe depois do outro. Nenhum lambari se aproximava de Chico. Um dos amigos estranhou tanta falta de sorte. Chico acabou confessando: não tinha colocado isca no anzol para “não incomodar os bichinhos”.


(SOUTO MAIOR, Marcel. As vidas de Chico Xavier. 2ª Ed. São Paulo: Planeta do Brasil, 2003. p. 128)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

SÉRIE ALLAN KARDEC - MISSÃO DE KARDEC

(Por Alessandra Mayhé)

Espírito Protetor
No livro “Obras Póstumas”¹, Rivail nos conta, em dezembro de 1855, que tinha dúvidas com relação ao fato de ter ou não ele mesmo um espírito protetor. Em suas observações, ele comenta a ingenuidade das suas perguntas explicando-as com o fato de ser ainda muito novato nos assuntos referentes ao mundo espiritual. Porém, a resposta que obtém dos espíritos é positiva, e junto com ela vem a indicação de que algo maior ainda lhe seria revelado.
Rivail — Quando, faz algum tempo, evocamos S. e lhe perguntamos se poderia ser o gênio protetor de um de nós, ele respondeu: “Mostre-se um de vós digno disso, e estarei com esse; Z. vo-lo dirá.” Julgas que eu poderei merecer esse favor?
Espírito — Se o quiseres.
Rivail — Que me é necessário para isso?
Espírito — Fazer todo o bem que possas e suportar com coragem as penas da vida.
Rivail — Pela natureza da minha inteligência, terei aptidão para penetrar, tanto quanto ao homem for permitido fazê-lo, as grandes verdades acerca do nosso destino futuro?
Espírito — Sim, tens a aptidão necessária, mas o resultado dependerá da tua perseverança no trabalho.
Rivail — Poderei concorrer para a propagação dessas verdades?
Espírito — Sem dúvida.
Rivail — Por que meios?
Espírito — Sabê-lo-ás mais tarde; enquanto esperas, trabalha.
Poucos meses depois, porém, seu espírito protetor se fez presente, a princípio manifestando-se através de ruídos na parede enquanto Rivail trabalhava. Mme Rivail, ao chegar a casa mais tarde, também as ouviu, porém nenhum dos dois conseguiu localizar a causa das tais pancadas.
Em sessão no dia seguinte na casa do Sr. Baudin, Rivail aproveita para perguntar sobre o que acontecera no dia anterior. A resposta foi clara e objetiva: - “Era o teu espírito famíliar.” – Disse-lhe o espírito comunicante, na ocasião.
O “espírito familiar”, ou guia, apresentou-se a Rivail como sendo a Verdade, e disse haver feito os ruídos para chamar a atenção de Rivail sobre o que ele escrevia naquele momento. Solicitou-o que relesse o que havia escrito, indicando-lhe inclusive as linhas que deveria reler. E quando perguntado sobre o porquê de utilizar-se de um pseudônimo sem se revelar, o espírito respondeu numa clara intenção de que fosse conservada a discrição:
Espírito — Já te disse que, para ti, sou a Verdade; isto, para ti, quer dizer discrição; nada mais saberás a respeito.²
Não é preciso dizer que, ao reler o que havia escrito na noite anterior, Rivail realmente se deparou com um erro grave que, ele mesmo declarou ter se espantando de o haver cometido.
A proteção do espírito Verdade configurou-se como sendo total na vida de Rivail.
A primeira revelação da missão de Rivail veio no dia 30 de abril de 1856, com uma menção direta de um espírito citando-lhe o nome e indicando-o como o “obreiro que reconstrói o que foi demolido”³.
Posteriormente, no dia 07 de maio, Rivail tem a confirmação da missão que lhe foi designada através de uma comunicação na casa do Sr. Roustan4.
Espírito — Tens que cumprir aquilo com que sonhas desde longo tempo. É preciso que nisso trabalhes ativamente, para estares pronto, pois mais próximo do que pensas vem o dia.
Rivail — Para desempenhar essa missão tal como a concebo, são-me necessários meios de execução que ainda não se acham ao meu alcance.
Espírito — Deixa que a Providência faça a sua obra e serás satisfeito.

Missão de Rivail
Quanto à missão de Kardec, Emmanuel nos esclarece no livro “A caminho da Luz5 que “a tarefa de Allan Kardec era difícil e complexa. Competia-lhe reorganizar o edifício desmoronado da crença, reconduzindo a civilização às suas profundas bases religiosas”.
Apesar do alerta da espiritualidade quanto à dificuldade de sua missão e os percalços que teria, Rivail responde em forma de prece:
“Espírito de Verdade, agradeço os teus sábios conselhos. Aceito tudo, sem restrição e sem ideia preconcebida.
Senhor, pois que te dignaste lançar os olhos sobre mim para cumprimento dos teus desígnios, faça-se a tua vontade! Está nas tuas mãos a minha vida, dispõe do teu servo. Reconheço a minha fraqueza diante de tão grande tarefa; a minha boa vontade não desfalecerá, as forças, porem, talvez me traiam. Supre a minha deficiência; dá-me as forças físicas e morais que me forem necessárias. Ampara-me nos momentos difíceis e, com o teu auxilio e dos teus celestes mensageiros, tudo envidarei para corresponder aos teus desígnios”6.
Começava então aí um novo momento na vida de Rivail, a preparação de O Livro dos Espíritos.

Referências:
¹ Obras Póstumas, segunda parte, “A minha primeira iniciação no espiritismo - Meu espírito protetor”
² Obras Póstumas, segunda parte, “A minha primeira iniciação no espiritismo - Meu guia espiritual”
³ Obras Póstumas, segunda parte, “A minha primeira iniciação no espiritismo – Primeira revelação da minha missão”
4 Obras Póstumas, segunda parte, “A minha primeira iniciação no espiritismo – Minha missão”
5 A Caminho da Luz, cap. XXIII, “O século XIX – A tarefa do missionário”
6 Obras Póstumas, segunda parte, “A minha primeira iniciação no espiritismo – minha missão”




domingo, 19 de fevereiro de 2017

COMO EU ME LIVRO DE UM OBSESSOR?

(Por Pablo Angely)

Eis você, espírita, estudioso (ou não) da doutrina, inquieto porque não consegue organizar seus pensamentos, concatenar suas ideias, progredir na sua evolução moral e aí pensa: “-Isso só pode ser coisa de obsessor!”.

É... pode ser. Talvez seja. Talvez não... É preciso que identifiquemos diversos aspectos em nossa conduta antes de assumirmos julgamento tão certo.

Em seu livro “Evolução em Dois Mundos”, o autor espiritual André Luiz, como muito bem destacado por Emmanuel no início da mesma obra, busca chamar a atenção dos encarnados para o que de fato é a imortalidade e qual a importância que temos de perceber nas funções desempenhadas por nossa mente quando estamos aqui no “casulo carnal”.

Passando por vários aspectos da evolução do princípio inteligente até atingir o cenário de Espírito em que nos encontramos hoje, ele destaca que devemos rumar sempre em busca do que chama de maioridade moral, por meio do aprimoramento das manifestações de nossos pensamentos, enriquecendo os atributos daquilo que pensamos. Sabe por que motivo? Porque tudo que sentimos (e depois pensamos, sempre nessa ordem), tudo que falamos e realizamos, tudo isso gera consequências para nossas vidas – tão óbvio numa primeira lida, mas tão profundo após uma sincera e dedicada análise. Por falar nisso, você já fez a sua?

E o que isso tem a ver com obsessão? Ao final do capítulo 15, André Luiz nos dá uma receita, entre tantas outras ao longo da obra, para o que chama de parasitismo da alma.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

REVISTA JG NO FACEBOOK


Você sabia que a Revista Espírita Joseph Gleber também tem uma página no Facebook?

É verdade!

Além dos links para acesso aos artigos publicados em nosso blog, nossa página você também terá acesso a vídeos, textos diversos e promoções que você só vê por lá. Além de ser a forma mais fácil e prática de você ficar por dentro de todas as novidades que acontecem em nossa Revista!!

Tá esperando o que? Curta a nossa página e venha fazer parte você também dessa grande rede de divulgação da  nossa doutrina!

Acesse:
https://www.facebook.com/revista.josephgleber

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

RESENHANDO - MEDIUNIDADE E SINTONIA


Publicado pela Editora Céu em 1985, o livro Mediunidade e Sintonia, ditado pelo espírito Emmanuel através do nosso querido médium Francisco Cândido Xavier, apresenta em 20 capítulos concisos, muitos aspectos da mediunidade e do médium que são extremamente importantes para aqueles que trabalham ou querem trabalhar na seara do Cristo.
Os temas apresentados levam o leitor, médium ou não, a uma profunda reflexão sobre qual tipo de vibração e energia é emanada por nós, nos leva a pensar sobre qual caminho estamos escolhendo percorrer a nossa jornada.
Emmanuel diz no próprio livro “Observa o próprio rumo para que não te surjam problemas de companhia”, um alerta bem claro sobre como devemos não apenas aprender, mas viver diariamente as lições do evangelho.
Na mesma obra Emmanuel vem nos alertar sobre a responsabilidade da prática mediúnica, guiando o leitor aos caminhos do bem, frisando que a mediunidade é uma ferramenta para o trabalho, muitas vezes de resgate, mas sempre no bem.

Uma obra muito útil, de leitura leve que deve ser levada em consideração principalmente por aqueles que querem iniciar o estudo da prática mediúnica. Lembrando que o estudo é nossa base para o desenvolvimento e a evolução.

Mediunidade e sintonia
Pelo espírito Emmanuel
Através do médium Francisco Cândido Xavier

(Resenha escrita por Paula Carolina Banhoz)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

VOCÊ SABIA #2 - A CÉLULA

(Por Pablo Angely)


VOCÊ SABIA QUE dentro das ciências biológicas (aquele monte de decoreba da época de escola para a qual você torcia o nariz e chamava de #Biologia) e em meio às suas subdivisões, existe um ramo dedicado ao estudo da #anatomia humana que se destina a compreender as grandes estruturas e os sistemas do corpo humano e que esse estudo tem tudo a ver com #espiritismo e com #mediunidade?

Compreender, ainda que basicamente, a anatomia humana (desde os sistemas até o funcionamento e a importância das #células) é essencial para as ciências biológicas, para o avanço da medicina, para a cura de doenças e, entre outras possibilidades, para a tarefa do #médium. As menores células de nosso organismo, por mais difícil que isso possa parecer ou por mais esquecidas possam elas estar, são preponderantes no funcionamento do corpo humano. E quando ouvimos falar do equilíbrio necessário para desempenhar a tarefa mediúnica, temos de lembrar não apenas do equilíbrio espiritual e psicológico, mas do equilíbrio de nosso corpo físico.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

SÉRIE CHICO XAVIER - A DOR XAVIER


















Em 1941, a viúva de José Candido Xavier¹, Geni Pena, enlouqueceu. As rezas, os passes, as sessões de leitura do evangelho no Centro Luiz Gonzaga foram inúteis. Chico teve de internar a cunhada num hospício em Belo Horizonte. Arrasado, ele acompanhou a doente até o quarto, ficou ao seu lado algumas horas e voltou para casa à noite. Estava arrasado. O filho caçula da moça, paralítico, chorava na cama, sozinho.
Chico se ajoelhou e começou a rezar. As lágrimas corriam, ele se lembrava do irmão, se sentia culpado, impotente.
De repente, Emmanuel entrou em cena, incomodado com a choradeira:
- Por que você chora?
Chico contou o drama da cunhada, lamentou a situação do sobrinho e foi interrompido por um sermão do recém-chegado:
- Não. Você está chorando por seu orgulho ferido. Você aqui tem sido instrumento para cura de alguns casos de obsessão, para a melhoria de muitos desequilibrados. Quando aprouve ao Senhor que a provação viesse para debaixo de seu teto, você está com o coração ferido, porque foi obrigado a recorrer à assistência médica, o que, aliás, é muito natural. Uma casa de saúde mental, um hospício, é uma casa de Deus.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

SÉRIE ALLAN KARDEC - COMEÇA O TRABALHO DE PESQUISA

(por Alessandra Mayhé)

Segundo Wantuil e Thiesen, em seu livro Allan Kardec: o educador e o codificador, há uma descrição de Kardec feita pela escritora inglesa Anna Blackwell, que o teria conhecido de perto, e que afirmava que o espírito “ativo e tenaz” de Kardec era “precavido até quase à friez, cético por natureza e por educação”.¹ Os autores citam também André moreil, que teria dito que “entre Rivail, o educador, e Allan Kardec não há diferença alguma, nem de método, nem de rigor científico”².
Mas os fenômenos em casa de Mme. Plainemaison aconteciam “em condições tais que não deixavam margem a qualquer dúvida”³. Rivail frequentava assiduamente as reuniões em casa de Mme. Plainemaison quando teve a oportunidade de conhecer o Sr. Baudin que o convidou para assistir a uma das reuniões que aconteciam em sua própria casa. Convite que foi prontamente aceito por Rivail. As reuniões eram assistidas por todos aqueles que o solicitavam sendo, portanto, muito numerosas, e tinham como médiuns as duas filhas do Sr. Baudin.
De acordo com os relatos feitos pelo próprio Rivail e que podem ser verificados no livro “Obras Póstumas”, foram nessas reuniões que ele entrou em contato com o espírito Zéfiro, que dizia-se protetor da família Baudin e que depois viria a ajudá-lo nos trabalhos de codificação da Doutrina. Além disso, pôde Rivail observar também “comunicações contínuas” e respostas a perguntas formuladas mentalmente, o que denotava a existência de uma inteligência estranha à reunião.
Rivail percebeu nessas reuniões a oportunidade para empreender sua pesquisa de uma maneira mais científica utilizando-se do método dedutivo, sem teorias pré-concebidas, observando, comparando e analisando, procurando, ao estudar os efeitos, encontrar as causas. Segundo ele mesmo relata, não admitia “por válida uma explicação, senão quando resolvia todas as dificuldades da questão”³.


PRIMEIRAS DESCOBERTAS
Uma das primeiras e importantes observações feitas por Rivail foi a limitação dos conhecimentos dos espíritos que se comunicavam. Descobriu que o seu saber era limitado ao grau de adiantamento que possuíam e que, portanto, suas ideias não valiam mais do que uma opinião pessoal. Segundo o professor, esta observação o eximiu de cometer erros graves que ocorreriam fatalmente caso acreditasse piamente em toda e qualquer comunicação espiritual e fortaleceu seu espírito científico demonstrando a necessidade constante de avaliar judiciosamente cada uma das manifestações. Rivail admitia, porém que somente o fato de existirem tais comunicações já era uma prova da existência da alma em um “mundo invisível”.
Outro ponto prontamente observado por Rivail foi o de que, já que os espíritos detinham conhecimentos específicos segundo seu grau de adiantamento, era óbvio supor que a paisagem espiritual descrita por eles também dizia respeito ao restrito conhecimento que detinham. Dessa forma, uma visão mais abrangente sobre o mundo espiritual somente seria possível colhendo informações de espíritos de diferentes ordens e condições, para que assim se pudesse formar um todo de informações. Neste caso, cada qual podendo “nos ensinar alguma coisa e nenhum deles podendo, individualmente, ensinar-nos tudo”4.

OS CINQUENTA CADERNOS
Rivail era um homem comum, com problemas comuns e, assim como todo ser humano, necessitava obter meios para se sustentar. Essas dificuldades domésticas quase o afastaram das pesquisas sobre o mundo espiritual. Foi o Sr. Carlotti, um amigo próximo seu, juntamente com outros intelectuais, que convenceram o professor a continuar suas investigações baseado em cinquenta cadernos onde eles haviam reunido observações sobre manifestações diversas.  A tarefa de Rivail seria a de “compilar, separar, comparar, condensar e coordenar as comunicações que os Espíritos lhes ditaram”5.
O trabalho de Rivail superou as expectativas. Ele reviu repetições e percebeu falhas ocorridas nas arguições aos espíritos.
As reuniões em casa do Sr. Baudin mudaram de caráter. Os temas abordados não eram mais sobre futilidades. As questões, “previamente preparadas e metodicamente dispostas”, eram “respondidas com precisão, profundeza e lógica”6.
A princípio, a ideia de Rivail era a instrução própria. Mais tarde, a situação mudou:
“... mais tarde, quando vi que aquilo constituía um todo e ganhava as proporções de uma doutrina, tive a ideia de publicar os ensinos recebidos, para instrução de toda a gente. Foram aquelas mesmas questões que, sucessivamente desenvolvidas e completadas, constituíram a base de O Livro dos Espíritos”6.

Referências:
¹ Allan Kardec: o educador e o codificador, Zeus Wantuil e Franscisco Thiesen, p. 263
² Allan Kardec: o educador e o codificador, Zeus Wantuil e Franscisco Thiesen, p. 264
³ Obras Póstumas, segunda parte, “A minha primeira iniciação no espiritismo”, p. 326
4Allan Kardec: o educador e o codificador, Zeus Wantuil e Franscisco Thiesen p. 70
5 Allan Kardec: o educador e o codificador, Zeus Wantuil e Franscisco Thiesen, p. 272
6 Obras Póstumas, segunda parte, “A minha primeira iniciação no espiritismo”, p. 329

domingo, 12 de fevereiro de 2017

PRECE NO PLANO ESPIRITUAL

(Por Gabriel Renaud Valejo ) 

Em um sábado à tarde um grupo de jovens estava assistindo um vídeo no YouTube de uma peça de teatro espírita, no horário do grupo de estudo da mocidade. Alguns deles ficaram curiosos com uma cena de um menino desencarnado fazendo uma prece direcionada ao seu tio, que também estava no plano espiritual.

Surgiram alguns comentários e questionamentos a partir daquela cena:

“Que estranho... tanto o tio quanto o sobrinho já estão desencarnados. Será que isso acontece mesmo? Não precisamos estar encarnados para fazer prece? Alguém desencarnado pode “ouvir” a prece de outro desencarnado? Se no plano espiritual nós nos comunicamos pelo pensamento, para que fazer prece?”.

Quanta dúvida esse grupo de jovens teve em apenas uma cena de teatro. Os questionamentos deles podem ser os nossos. Vamos tentar entender melhor a prece e sua relação com o plano espiritual?

A prece é uma invocação, uma forma de comunicação, através do pensamento, com o ser a quem nos dirigimos. Ela pode ter como objeto um pedido, um agradecimento ou uma glorificação.

O indivíduo que não consegue se expressar pela fala (palavra articulada), em virtude de alguma limitação física, pode e deve fazer prece. Pois o veículo para a prática dessa ligação com Deus está no pensamento, ou seja, é imaterial, desvinculado do corpo de carne.

Tendo essas informações devemos eliminar qualquer dúvida sobre a possibilidade de se fazer prece quando estivermos desencarnados ou até mesmo parcialmente desprendidos do corpo no momento do sono físico.

A oração independe das palavras ou do local na qual é realizada. Não precisamos estar no Grupo Espírita, em uma Colônia Espiritual ou no momento do “culto no lar” para nos conectarmos com a “causa primária de todas as coisas” por meio da prece.

Contudo, a “boa prece” não é um ato mecânico ou um discurso de palavras bonitas. É na verdade um exercício de amor, no qual o indivíduo se expressa muito mais pelo sentimento do que pela razão.

Há diversos relatos do ato de fazer a prece no plano espiritual nas obras de André Luiz e nos Romances de Emmanuel. Vamos conferir alguns deles logo abaixo.



Antes de reencarnar no planeta Terra, Nestório (uma das encarnações de Emmanuel), roga amparo e força para as lutas que estavam por vir. Vamos acompanhar um trecho dessa prece emocionada, que se encontra no livro “Cinquenta anos depois”:

Apenas Nestório se conservava em oração junto dos fluidos terrenos, notando-se-lhe os olhos mareados de lágrimas, na comoção daquela hora cheia de apreensões e de esperanças.
 - Senhor – exclamava o antigo escravo, evocando amargurosas lembranças -, novamente na Terra, escola abençoada de nossas almas, contamos com a vossa misericordiosa complacência, a fim de cumprirmos todos os nossos deveres, a caminho do arrependimento e da reparação. Auxilia-nos na luta! Somente os séculos de trabalho e dor poderão anular os séculos de egoísmo orgulho e ambição, que nos conduziram a iniquidade!... Perdoai-nos, Jesus!(...).

(Capítulo VII do Livro Cinquenta Anos Depois, Emmanuel, psicografia de Chico Xavier)

Vamos deixar uma pergunta para reflexão: A prece torna melhor o ser humano?

O que vocês acham?   A resposta está na pergunta 660 de O Livro dos Espíritos.

“Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes”. (Marcos, 11:24.).

Para saber mais:
Capítulo XXVII de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
Perguntas 658 à 666 de “O Livro dos Espíritos”.
Capítulo VII do livro “Cinquenta Anos Depois” de Emmanuel, psicografia de Chico Xavier.
Capítulo 24 do livro “Os mensageiros” de André Luiz, psicografia de Chico Xavier.
Capítulo I do livro “Renúncia” de Emmanuel, psicografia de Chico Xavier.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

REVISTA JG NO YOUTUBE
















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Pois é lá que publicamos os vídeos com o material extra da nossa revista, tais como artigos, preces, além da coluna Iluminando Horizontes e a Coluna do Josephinho.

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

RESENHANDO - APELOS CRISTÃOS

Em 1985 a psicografia do médium Francisco Cândido Xavier ditada pelo Dr. Adolfo Bezerra de Menezes trouxe a público uma das mais completas mensagens de amor e fraternidade pela editora UEM. São diversas mensagens com temas que circulam entre o relacionamento familiar e conjugal, ansiedade, fé, mediunidade, prece, tensão e dificuldade redentoras. Com uma linguagem simples carregada de amor e incentivo, o Doutor dos Pobres, fala diretamente ao nosso coração, com um amor fraterno incomparável e com uma rica lição sobre ter fé.
É um livro que pode ser utilizado para preces diárias e leituras iniciais, é uma obra básica com muitos conselhos atuais, direcionada aos corações cristãos que querem entender a fé raciocinada. A fé do saber que nesta obra é exemplificada muito bem pelo Dr. Adolfo Bezerra de Menezes.

Vale muito a pena, a leitura é rápida e edificante. 


Apelos cristãos
Pelo espírito Bezerra de Menezes
Através do médium Francisco Cândido Xavier

(Resenha escrita por Paula Carolina Banhoz)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

VOCÊ SABIA #1: É SÉRIO QUE TENHO QUE ESTUDAR ANATOMIA?

(Por Pablo Angely)


Você sabia que para ser um bom #médium, daqueles que trabalham com segurança e apoio da espiritualidade superior e não se deixam levar pela vaidade e pela fascinação que alguns irmãozinhos menos esclarecidos podem tentar exercer, é preciso estudar bastante e muitos assuntos distintos?

Pode até parecer que não tenha nada a ver, mas conhecer e saber como funciona o #corpohumano pode ajudar muito um médium no exercício da sua tarefa. Pense assim, você que é médium ou pretende ser: se você vai trabalhar operando determinada máquina ou #tecnologia, se vai usar uma ferramenta ou um equipamento, você precisa conhecer bem esse item, não? Até para evitar acidentes ou algum prejuízo em virtude do mau uso. Ou quem sabe, que ele quebre.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

SÉRIE CHICO XAVIER - O MÉDIUM DE PÉS DESCALÇOS

Esta feliz denominação, com referência a Chico Xavier, não me pertence. A primeira vez que a ouvi foi da boca deste companheiro, que me serve de instrumento às garatujas despretensiosas que insisto em escrever de uma vida para outra.
Numa de suas visitas à minha casa, ele me deixou profundamente emocionado, ao me contar: – “Dr. Inácio, o Chico, quando psicografa, tira os sapatos e fica descalço, sob a mesa...”
Há pouco, nas paragens da Vida Maior, numa tertúlia com amigos comuns, dentre os quais destaco Rômulo Joviano, Zeca Machado, Clóvis Tavares, José Gonçalves Pereira, Spartaco Ghilardi e tantos outros, mencionei a conversa em que o médium amigo me contara sobre o hábito de Chico psicografar descalço. – “É verdade, Doutor – explicou Rômulo, com a anuência dos demais. – Desde Pedro Leopoldo, quer fosse às reuniões do Centro Espírita “Luiz Gonzaga” ou mesmo no porão de minha casa, na Fazenda-Modelo, Chico tirava os sapatos para receber os espíritos... Preocupada com a friagem do solo – a Fazenda ficava numa vasta região de brejo –, por insistência de minha esposa, ele passou, então, a aceitar um pedaço de papelão que o protegesse – depois, um pouco mais tarde, mandei confeccionar uma espécie de estrado de madeira para ele apoiar os pés. Não deixava de ser engraçado e pitoresco, pois, não raro, quando a psicografia terminava, todo o mundo saía, procurando os sapatos de Chico, que iam parar na outra ponta da mesa ou nos fundos do quintal, carregados por algum cachorro...”
- “Em Uberaba também era assim – emendou Gonçalves. – E fora de Uberaba também! Certa vez, participamos com ele de uma reunião comemorativa na “Casa Transitória”. Observei que Chico, enquanto escrevia, discretamente tirou os sapatos e ficou esfregando um pé no outro, feito uma criança a brincar...”
- “Quanta simplicidade e beleza espiritual!” – exclamou Clóvis, de olhos lacrimejantes.
- “E quantos exemplos para todos nós, médiuns de ontem e de hoje!” – afirmou Spartaco.
- “Principalmente para os médiuns de hoje – não perdi ocasião de enfatizar. – Com uma ou outra exceção, a turma hoje está psicografando de botinhas...”
O pessoal sorriu e eu continuei:
- “Nada, é óbvio, contra as preferências de alguém... Para mim, eles podem até psicografar de sandálias, dessas que não têm cheiro e não soltam a tinta... A coisa não está no pé – está na cabeça! E mais: está no coração!”
Enquanto a turma arregalava os olhos, ante o meu jeito espontâneo de ser, continuei:
- “O problema grave que vejo nisso tudo é que o pessoal fica nessa competição de quem usa o salto mais alto... Que contraste! Chico descalço, e eles de salto tipo “Luís XV”... Chico rente ao chão e eles nas alturas!...”
Foi quando Zeca, que ainda não tinha falado, rematou com a nossa plena aprovação:
- “Doutor, ao rés do chão, Chico estava com a cabeça nas estrelas... O que está faltando no Movimento Espírita da Terra é médium de pés descalços! Digo mais: de espíritas em geral, despidos de toda vaidade! O salto, de fato, anda muito desproporcional...”
- “É por isso, Zeca – concluí –, que eu sempre ando de serrote nas mãos...”

INÁCIO FERREIRA
Uberaba - MG, 1º de dezembro de 2009