O trabalho de assistência social também dividia
opiniões. Chico sofreria criticas durante toda sua vida. Muita gente acusava o
espírita de ser demagogo e de se aproveitar da miséria alheia para divulgar a
doutrina. Além disso, as doações eram só um paliativo, apenas remediavam o
problema. O governo, e não os espíritas, deveria cuidar dos pobres. Chico
engolia em seco e investia na caridade. Só mais tarde, com o discurso mais
afiado, ele enfrentaria os ataques com argumentos eficientes:
- Se uma casa está pegando fogo, devo enfrentar o
incêndio com alguns baldes de água antes da chegada dos bombeiros ou devo
cruzar os braços?
- O banho não resolve o problema da higiene no mundo,
mas nem por isto vou deixar de me lavar...
Anos depois, ele reforçaria seu arsenal de argumentos
com uma resposta emprestada de madre Teresa de Calcutá. Quando perguntaram a
ela se não era melhor ensinar a pescar, em vez de dar o peixe, ela disse:
- Muita gente não tem nem força para segurar a vara.
(Do
livro As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior – p. 89.)
E, afinal de contas, criticar sempre é mais fácil.
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