domingo, 29 de janeiro de 2017

MÉDIUM: SER HUMANO OU ÍDOLO?

Muitas vezes percebemos uma certa ansiedade das pessoas com relação à mediunidade como se ela fosse algo extraordinário e como se os médiuns fossem seres diferentes do restante da humanidade.

Engana-se aquele que vê no médium poderes maiores do que os que ele realmente detém.
O médium, nada mais é, do que um intermediário entre o plano físico e o plano espiritual. Alguém que traz em sua bagagem espiritual e impresso no seu corpo físico determinadas aptidões que o deixam mais suscetíveis às impressões causadas pelo contato com os espíritos.

No livro “Mediunidade e Sintonia”, Emmanuel nos alerta:

“Não procures o médium dos Espíritos Benfeitores, qual se fosses defrontado por um ser sobrenatural. Quem se empenha a semelhante adoração, copia a atitude dos companheiros de Moisés, quando se devotavam aos ídolos inativos, com a diferença de que a nossa fantasiosa adoração estaria centralizada em torno de um ídolo animado e naturalmente falível.
O médium é um companheiro.
É um trabalhador.
É um amigo.
E é sobretudo nosso irmão, com dificuldades e problemas análogos àqueles que assediam a mente de qualquer espírito encarnado.¹(grifo nosso)

Tenhamos, portanto, a certeza de que mediunidade não é um presente dado àqueles que possuem alto grau de merecimento, mas, na maioria das vezes, é uma oportunidade que Deus concede àqueles com alto grau de endividamento.

Dessa forma, lembremos sempre que “o nosso objetivo é buscar a luz do Espírito, que flui da lição que se derrama da Vida Maior, e não o garimpo de fenômenos superficiais, que brilham quais foguetes de artifício, impressionando a imaginação sem proveito real para ninguém”¹.




¹ XAVIER, Francisco Cândido. MEDIUNIDADE E SINTONIA. Pelo espírito de Emmanuel. Capítulo 6 - “Médiuns”. FEB. 1986.

2 comentários:

  1. Alguns médiuns e escritores espíritas, por conta do endeusamento público em geral, que os trata como as celebridades que não são, sofrem a tentação da vaidade, inerente à condição humana, por conta dos elogios, dos aplausos e da aclamação de admiradores que mais estragam do que enaltecem a personalidade deles. Que pena. Começam as lides espíritas com a simplicidade dos anjos e vão galgando degraus dos louros e louvores atribuídos eles, porém na verdade, obra dos espíritos e de Deus. Muitos aplausos costumam ensurdecer os mais nobres e bem intencionados lidadores da causa espírita, levando-os a proceder sem a modéstia e a simplicidade imprescindíveis àqueles que mobilizam multidões. Orar e vigiar é vital.

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