Muitas
vezes percebemos uma certa ansiedade das pessoas com relação à mediunidade como
se ela fosse algo extraordinário e como se os médiuns fossem seres diferentes
do restante da humanidade.
Engana-se
aquele que vê no médium poderes maiores do que os que ele realmente detém.
O
médium, nada mais é, do que um intermediário entre o plano físico e o plano
espiritual. Alguém que traz em sua bagagem espiritual e impresso no seu corpo
físico determinadas aptidões que o deixam mais suscetíveis às impressões
causadas pelo contato com os espíritos.
No
livro “Mediunidade e Sintonia”, Emmanuel nos alerta:
“Não procures o médium dos Espíritos Benfeitores, qual se fosses
defrontado por um ser sobrenatural. Quem se empenha a semelhante adoração,
copia a atitude dos companheiros de Moisés, quando se devotavam aos ídolos
inativos, com a diferença de que a nossa fantasiosa adoração estaria
centralizada em torno de um ídolo animado e naturalmente falível.
O médium é um companheiro.
É um trabalhador.
É um amigo.
E é sobretudo nosso irmão, com dificuldades e problemas análogos
àqueles que assediam a mente de qualquer espírito encarnado.” ¹(grifo
nosso)
Tenhamos, portanto, a certeza de que mediunidade não é um presente
dado àqueles que possuem alto grau de merecimento, mas, na maioria das vezes, é
uma oportunidade que Deus concede àqueles com alto grau de endividamento.
Dessa forma, lembremos sempre que “o
nosso objetivo é buscar a luz do Espírito, que flui da lição que se derrama da
Vida Maior, e não o garimpo de fenômenos superficiais, que brilham quais
foguetes de artifício, impressionando a imaginação sem proveito real para ninguém”¹.
¹ XAVIER, Francisco Cândido. MEDIUNIDADE E SINTONIA. Pelo espírito
de Emmanuel. Capítulo 6 - “Médiuns”. FEB. 1986.
O espetáculo atrai...
ResponderExcluirAlguns médiuns e escritores espíritas, por conta do endeusamento público em geral, que os trata como as celebridades que não são, sofrem a tentação da vaidade, inerente à condição humana, por conta dos elogios, dos aplausos e da aclamação de admiradores que mais estragam do que enaltecem a personalidade deles. Que pena. Começam as lides espíritas com a simplicidade dos anjos e vão galgando degraus dos louros e louvores atribuídos eles, porém na verdade, obra dos espíritos e de Deus. Muitos aplausos costumam ensurdecer os mais nobres e bem intencionados lidadores da causa espírita, levando-os a proceder sem a modéstia e a simplicidade imprescindíveis àqueles que mobilizam multidões. Orar e vigiar é vital.
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