A Terra, por ser um planeta de provas e expiações, carrega um estigma de dor e sofrimento.
Mas será que é assim que devemos encará-lo? Não! Pelo contrário! É neste planeta, governado por Jesus, nosso Mestre, que aprendemos a amar, perdoar, e aceitar as diferenças, tanto as raciais, como as sociais. É nele também que temos a oportunidade de reparar nossos erros passados vindos de longas datas, e assim irmos trabalhando nossa cura espiritual, haja vista que o mesmo pode também ser visto como um hospital para os enfermos da alma.
É aqui que temos a obrigação de crescer, aprender com as experiências vividas e evoluir como seres imortais que somos. No Livro dos Espíritos de Allan Kardec, questão 805, sobre a Lei de Igualdade, Allan Kardec pergunta:
"Passando de um mundo superior, a outro inferior, conserva o espírito integralmente, as faculdades
adquiridas?
R.: Sim, já temos dito que o Espírito que progrediu não retrocede. Poderá escolher no estado de Espírito Livre, um invólucro mais grosseiro, ou posição mais precária do que as que já teve, porém tudo isso para lhe servir de ensinamento E ajudá-lo a progredir".
Kardec ainda comenta:
"Assim, a diversidade das aptidões entre os homens não deriva da natureza íntima da sua criação, mas do grau de aperfeiçoamento a que tenham chegado os Espíritos encarnados neles. Deus, portanto, não criou faculdades desiguais; permitiu, porém, que os Espíritos em graus diversos de desenvolvimento
estivessem em contacto, para que os mais adiantados pudessem auxiliar o progresso dos mais
atrasados e também para que os homens, necessitando uns dos utros, compreendessem a lei de
caridade que os deve unir".
Podemos, então, entender, ver e sentir o cuidado de nossos irmãos mais evoluídos que trabalham incessantemente no amor e na caridade abrindo mão de si mesmos para servir, sendo, assim, exemplos de resignação para todos nós.
Lembremo-nos de nosso amado Chico Xavier, um homem que passou por aqui deixando-nos
o exemplo de humildade, amor, caridade, e simplicidade. Reencarnar no planeta Terra não
deve ser entendido como uma prova ou expiação, mas sim como oportunidade de aprendizado e
evolução. Essa é nossa missão.
Portanto, devemos agradecer a Deus a oportunidade de estarmos aqui neste orbe que nos desafia
com situações tristes, dolorosas e, às vezes, até aparentemente impossíveis de serem enfrentadas
se as encararmos dentro da nossa visão estreita.
(Por Maria José dos Santos)
Revista Joseph Gleber - Ano1 - Edição 1 - Janeiro 2017
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