O “ano novo” é uma simples convenção humana.
Claro, há
na natureza diversos e diferentes ciclos que determinam a
escolha de certas datas e o início e o fim de cada época.
Ou ano. Mas, ainda assim, alguns povos comemoram essas
transições em datas distintas das nossas, de modo que o que
é “novo” aqui pode não ser em outro canto do planeta.
O que quero dizer com isso? Mais do que esperar pela segunda-feira,
pelo dia 1º ou pelo início do verão, busque iluminar
seus horizontes com base nos seus ciclos, tendo por meta e
objetivos os seus dias e as realizações que lhe farão crescer
moral e espiritualmente – o que, por certo, impulsionará
todo o seu crescimento posterior, seja profissional, físico ou
social.
Não se prenda a datas ou metas que lhe trarão grande
ansiedade e talvez frustrações. Observe mais a si mesmo,
procure entender o seu momento, identificando suas forças e
fraquezas atuais. Crie mecanismos para trabalhar seus pontos
fracos, vencer suas limitações e superar as dificuldades que
lhe afligem neste instante (sim, instante.
Se a vida aqui nesta
encarnação é mero sopro, o que dizer de um pequeno período
de dias ou semanas?). Direcione suas forças para que elas
sejam o impulso para a transição e a superação, certo de que
a cada dia novos embates se apresentarão. Pois este é o nosso
ciclo de provas e expiações.
Não é para desistir de sonhar ou de pensar em metas
ousadas, mas para ir solidificando nas pequenas metas do
dia a dia os alicerces para voos maiores. Cuidado para não
andar no caminho do outro nem desperdiçar sua energia
tentando fazer com que outros caminhem por uma rota que
só a você pertence.
Para tudo isso, busque cooperação, interação e perdão.
Aceitando e oferecendo. Por vezes, a peça que falta em seu
quebra-cabeça está guardada em outra caixinha, fora de suas
vistas. Ou a ideia que lhe desaparece brilha em outra mente
– o que nos remete a buscar também por sintonia, que nos
leva a empatia, compreensão, perdão, iluminação...
Comece, sim, em 1º de janeiro. Mas comece todos os dias
quando for necessário, quantas vezes forem precisas. E
recomece. Outra e outra vez. Encare o horizonte, por mais
inóspito que possa parecer, com fé, otimismo e alegria, e ele
se iluminará. Creia!
(Por Pablo Angely)
Revista Joseph Gleber - Ano 1 - Edição 1 -
Janeiro 2017
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