O psiquiatra Alberto Lyra
arriscou um diagnóstico para casos como esse narrados por Chico Xavier. Em
depoimento à revista Realidade, afirmou, já em 1971: "Uma pessoa, contando
repetidas vezes um episódio e obtendo para ele o consenso de seu meio, acaba
acreditando que ele é de fato verdadeiro, e nunca mais duvidará de que assim seja".
Alguns parapsicólogos, como
o padre Quevedo, defenderiam a tese de "autohipnose", capaz de levar
Chico ao próprio subconsciente. Diante dos céticos, o rapaz tentaria manter uma
postura: a de respeito. "Ninguém é obrigado a acreditar nos fenômenos",
diria aos espíritas indignados com a descrença alheia.
No início, diante das
primeiras críticas, ele ficava irritado.
Emmanuel deu um jeito nele
com algumas frases contundentes:
- Seu ressentimento é pura
vaidade. Você não pode exigir que os outros acreditem naquilo em que você
acredita. Ninguém precisa seguir a sua cartilha.
(SOUTO
MAIOR, Marcel. As vidas de Chico Xavier. 2ª Ed. São Paulo: Planeta do Brasil,
2003. p. 85)
Realmente a vontade que dá, diante de algumas pessoas e posturas, é a de se irritar. Ou o inevitável sentimento que vem é a irritação. Mas essa é mesmo a saída: não medir o mundo dos outros com a nossa régua. Respeitar e dar tempo ao tempo são os melhores remédios. Difícil nesta era de redes e redes e redes sociais, mas...
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