(por Gabriel Valejo)
Por qual motivo há semelhanças entre o Planeta Terra e alguns
locais existentes no Plano Maior? De que são feitas as casas, rios e praças nas
colônias espirituais?
Essas duas perguntas foram feitas por um grande amigo há alguns
anos.
Tentei trazer algumas reflexões a partir desses questionamentos.
Partimos
da premissa, conforme resposta à primeira pergunta de O Livro dos Espíritos, que
Deus é justo e bom, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
A justiça divina está intimamente ligada à reencarnação, como nos
esclarece Kardec ao comentar a pergunta nº 171 de O livro dos espíritos:
“A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir
para o Espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à
idéia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em
condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas
esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por
novas provações. A razão no-la indica e os Espíritos a ensinam”.
Os espíritos nos elucidam que a finalidade da reencarnação é o
melhoramento progressivo da Humanidade, que reflete diretamente na própria evolução
dos planetas, ao responderem a pergunta nº 167 de O Livro dos Espíritos:
167. Qual o fim objetivado com a
reencarnação?
“Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde
a justiça?”
Nesse contexto, identificamos que existem diversos mundos
habitados, pois existem legiões de espíritos em diversos graus de evolução.
Na introdução da pergunta nº 100 de O Livro dos Espíritos é
apresentada uma classificação dos diferentes graus de evolução dos espíritos.
Como eles nos afirmam tal classificação não possui caráter absoluto, tem
efeitos didáticos:
“A classificação dos Espíritos se baseia no grau de adiantamento
deles, nas qualidades que já adquiriram e nas imperfeições de que ainda terão
de despojar-se. Esta classificação, aliás, nada tem de absoluta. Apenas no seu
conjunto cada categoria apresenta caráter definido. De um grau a outro a
transição é insensível e, nos limites extremos, os matizes se apagam, como nos
reinos da natureza, como nas cores do arco-íris, ou, também, como nos
diferentes períodos da vida do homem”.
Pois bem,
já identificamos que cada ser passa por várias existências e provavelmente por
vários mundos de acordo com o progresso durante a sua caminhada evolutiva.
O planeta
Terra está classificado hoje como um mundo de expiação e provas, na escala
espiritual dos mundos, já tendo passado pelo patamar de “mundo primitivo”.
A
classificação dos mundos encontra-se no Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo
III, intitulado “Há muitas moradas na casa de meu pai”, conforme trecho a
seguir:
“Do ensino dado pelos Espíritos, resulta que muito
diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de
adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há os em que
estes últimos são ainda inferiores aos da Terra, física e moralmente; outros,
da mesma categoria que o nosso; e outros que lhe são mais ou menos superiores a
todos os respeitos”.
Nesse
contexto, se em locais como a Terra há belezas tão estupendas, em regiões mais
elevadas no plano espiritual tem de haver coisas muito mais belas e perfeitas.
Pode-se
considerar, portanto, que quanto mais próximo ao nível evolutivo espiritual
terrestre esteja determinada cidade ou colônia espiritual, mais parecida será com
as nossas cidades materiais.
E a segunda pergunta: De que são feitas
as árvores, água, casas e etc?
Fazendo
uma reflexão breve, temos certeza de que todos esses elementos não são
constituídos de matéria como conhecemos no plano material.
Supomos que trata-se de um outro nível de composição, de caráter fluídico ou talvez semelhante ao nosso perispírito. Ou seja, para os encarnados é algo fluido, mas para os desencarnados parece mais grosseiro.
Supomos que trata-se de um outro nível de composição, de caráter fluídico ou talvez semelhante ao nosso perispírito. Ou seja, para os encarnados é algo fluido, mas para os desencarnados parece mais grosseiro.
Sobre
o tema perispírito a pergunta nº 93 de O livro dos Espíritos esclarece:
93. O Espírito, propriamente dito, nenhuma
cobertura tem, ou, como pretendem alguns, está sempre envolto numa substância
qualquer?
“Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda
bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se
na atmosfera e transportar-se aonde queira.”
Sem dúvida
um dois maiores divulgadores da realidade no plano espiritual é André Luiz,
através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, na série “A Vida no Mundo
Espiritual”.
A
autoridade moral de Chico Xavier aliada ao embasamento de Justiça Divina,
Reencarnação, progresso da Humanidade e pluralidade dos mundos, nos faz
acreditar na descrição desse companheiro maravilhoso.
Lembrando
que o próprio Jesus disse que “meu reino não é deste mundo” (João 18:36) e que “há
muitas moradas na casa de meu Pai” (João, 14:2). Será que o Reino ao qual se
refere Jesus será menos belo e equilibrado que a Terra?
Acreditamos
que não.
Fica então
a dica de leitura da série de André Luiz, “A Vida no Mundo Espiritual”, não
para saciar nossa curiosidade, mas para nos fazer refletir sobre a nossa
conduta nessa encarnação e nossa relação com o plano maior.
Para saber mais:
Para saber mais:
http://www.febeditora.com.br/?titulo=serie-andre-luiz
Muito boa reflexão, Gabriel. Muitos de nós (me incluo) são motivados sempre e primeiramente pela curiosidade e não pela preocupação com a responsabilidade. Mas, de alguma forma guiada e prevista pela Criação, esse é o processo que nos levará a trocar uma pela outra e alcançar a reflexão necessária.
ResponderExcluirBrilhante exposição.
ResponderExcluirClara, didática e objetiva.
Parabéns, Dr. Gabriel.
Que Jesus continue a te iluminar sempre.
Brilhante exposição.
ResponderExcluirClara, didática e objetiva.
Parabéns, Dr. Gabriel.
Que Jesus continue a te iluminar sempre.
Parabéns pelo belo texto.
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