sábado, 1 de abril de 2017



O Diálogo com os Espíritos

O papel da doutrina espírita é muito mais amplo do que aquilo que se pretende ao tentar transformar o espírito em espírita, desencarnado ou encarnado. O papel do orientador ou terapeuta espiritual é fazer com que as partes em conflito sejam encaminhadas ao autodescobrimento, possam se encontrar como realmente são e, por si mesmas, descubram o melhor caminho para a felicidade; é ampliar-lhes as consciências perante as leis do Mundo Maior, que o espiritismo muito bem explica, sem a pretensão de fazer prosélitos em qualquer lado da vida em que se encontre o espírito.

Compete ao orientador encarnado a tarefa da reeducação das consciências que são tratadas, e não a catequização ou conversão a seu modo de pensar, tampouco a espiritização da entidade obsessora. Cada espírito assume o caminho que escolher após ser esclarecido. É bom que se evite, no contato com essas mentes enfermas, o falso oralismo e o religiosismo — características tão presentes em muitos de meus irmãos, bem intencionados — mas que servem apenas para se estratificar, nas mentes desequilibradas, seu passado já tão cheio de crendices e superstições ou de promessas religiosas não cumpridas.

Os orientadores das reuniões especializadas, tanto de um quanto de outro lado da vida, devem ter consciência da grandeza dos postulados espíritas e conhecer-lhes o conteúdo doutrinário, sem mistificações nem tabus, para que sejam realmente instrumentos das entidades venerandas, no auxílio aos que sofrem nas duas dimensões da vida.

De posse do conhecimento espírita, desenvolvendo-se o bom senso, o espírito de análise e de observação, o uso da razão temperada com o sentimento sem pieguismo, se terá a forma ideal de terapia espiritual no trato com irmãos equivocados. Espiritismo é fonte sublime de equilíbrio para o autodescobrimento, que desperta a felicidade do espírito.

Referência: Medicina da Alma, capítulo 13 - p. 208-212, Pelo Espírito Joseph Gleber com, psicografia de Robson Pinheiro

Revista Joseph Gleber - Ano 1 - Edição 4 -  Abril 2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário