(Por Alessandra Mayhé)
A insegurança
no exercício da mediunidade muitas vezes é atribuída à falta de conhecimento
específico sobre o funcionamento do organismo do médium, das reuniões
mediúnicas ou, até mesmo, da própria organização espiritual dos trabalhos.
"Estudai, antes de praticardes,
porquanto é esse o único meio de não adquirirdes experiência à vossa própria
custa”.
(Livro dos
Médiuns, cap. XXXI, ultima nota).
Baseados no
conceito de Kardec, algumas Casas Espíritas acreditam serem necessários anos a
fio de estudos específicos para que o “candidato” à médium possa participar de
uma reunião mediúnica. Outras Casas tentam aliar o trabalho nas reuniões
mediúnicas a estudos específicos sobre mediunidade, muitas vezes, sem que o
médium tenha tido antes o mínimo de conhecimentos doutrinários.
Em todos os
casos, o estudo é sempre valorizado como premissa para o trabalho seguro.
Porém, se analisarmos com calma a advertência de Kardec, veremos que ele propõe
o estudo como forma de “não adquirirmos experiência à nossa própria custa”, ou
seja, para que a falta de embasamento e conhecimento teórico não nos faça
cometer erros que possam prejudicar a nós mesmos.
Ele nos
ensina um caminho a percorrer que nos trará menos prejuízo do que se tentarmos
trabalhar a mediunidade sem nenhum tipo de preparo prévio. Mas, por que ainda é
possível encontrar tantos médiuns despreparados para a tarefa de intercessão
com o além, mesmo quando eles têm grandes conhecimentos técnicos?
Outra questão
importante é que o conhecimento técnico das questões mediúnicas somente
soluciona a insegurança que advêm da falta deste mesmo conhecimento.
“Trabalhe na causa, não no efeito”.
(Rolim
Amaro - empresário)
Na maioria
das vezes, a causa da insegurança mediúnica está associada, não à falta de conhecimento,
mas sim ao desconforto causado pela falta de prática de alguns conceitos
cristãos, tais como: amor, perdão, caridade e fé.
O médium
praticante desses conceitos mantém sua mente em constante sintonia com o plano
superior, facilitando o acesso dos espíritos elevados no momento da reunião
mediúnica.
Tal não
acontece com aquele que vive descuidando destes conceitos. Aquele que tem
dificuldade de perdoar, por exemplo,
terá dificuldades para emanar vibrações de perdão para o irmão necessitado,
deixando-o ainda mais confuso e angustiado, transformando a reunião em uma
sessão de tortura, inclusive, para o próprio médium.
A falta da
prática do amor e da caridade leva à baixa irradiação destes
sentimentos no ambiente, deixando-o intranquilo e, muitas vezes, disperso.
Observações
não caridosas quanto ao trabalho dos colegas ou do dirigente faz com que o
médium se inunde de sentimentos de total insegurança, recorrendo somente aos
amigos espirituais em busca de auxílio e deixando de lado toda confiança que
deveria ter na equipe encarnada que o assessora. Porém, se esse quadro for
agravado pela inconstância do médium na prática
diária da fé, como garantir que em poucos instantes de reunião ele
conseguirá o padrão vibratório necessário para conectar ao plano superior?
“A maioria dos candidatos ao desenvolvimento dessa natureza,
contudo, não se dispõe aos serviços preliminares de limpeza do vaso receptivo.”
Toda a
literatura espírita voltada para o desenvolvimento da faculdade mediúnica, em
especial aqueles que visam à conscientização do médium, alerta para a
necessidade de reforma interior.
A segurança
mediúnica é conquistada através da aliança entre o conteúdo intelectual
(técnico) e a vivência dos preceitos cristãos.
Se queres ser
um bom médium, estude com profundidade
os aspectos científicos, compreenda com a alma os aspectos filosóficos e
vivencie diariamente o aspecto religioso através do Cristo.
Lembrando que
mediunidade é serviço no bem e só entende verdadeiramente o seu valor aquele
que sabe servir.
“A vossa meta já se encontra definida.
Nascestes para servir.”
(Miramez – no
livro “Médiuns")
“A vossa meta já se encontra definida. Nascestes para servir.”
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