Viver
no mundo sem pertencer a ele. Parece engraçado quando se houve tal afirmação no
meio espírita, nos sentimos muitas vezes distanciados de nossa própria
realidade. Calma
meus irmãos, tudo se explica pela nossa essência espiritual, pela oportunidade
misericordiosa que nosso Pai nos proporciona fazendo-nos vivenciar aqui as mais
variadas situações visando à reconstrução de nós mesmos no 'planeta escola'.
Jesus
em sua exitosa passagem sobre a terra veio ser o divisor de águas, sua missão
era mostrar aos homens a bondade e a justiça de DEUS e nos indicar o caminho
para a nossa própria salvação. Nos deixou principalmente exemplos! No
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 17 – sede perfeitos - Kardec nos ensina
como viver nesse mundo com um olhar no presente, nas perspectivas que temos
aqui.
Sabemos
que somos espíritos em uma experiência humana e que nossa missão aqui neste
mundo, pela Teoria Evolucionista, é nos transformarmos intimamente em prol do
amor ao próximo e da caridade cultivando virtudes e deixando para trás o apego
aos bens materiais, só assim meus irmãos, caminharemos firmes para acendermos
em nós a chama consoladora do Evangelho em nossos corações. Joanna
de Ângelis, na obra Rejubila-te em Deus, quando nos propõe o exercício do
desapego e do amor incondicional nos ensina:
“Títulos,
posições de destaque, beleza e harmonia somática não são de caráter permanente
na estrutura do ser imortal”. Relata ainda a benfeitora que o desapego
deve constituir-se proposta essencial para a conquista da harmonia interior.
“Exercita-te em possuir sem deixar-te asfixiar pela posse possuidora”.
Reflete
então que, o objetivo da vida na Terra é o aperfeiçoamento do espírito. Aquele
que assim compreende, eleva-se, dignifica-se, e, se torna livre dos entraves
materiais, alcançando a felicidade eterna. Caribel Schutel em sua obra
Parábolas e Ensinos de Jesus afirma que,
Todos necessitamos almejar uma vida melhor, usufruindo os bens que a Terra nos oferece. Mas para isso exige-se discernimento, sabedoria. Quem opta por degradantes deslizes, certamente colherá consequências que nos serão cobradas na volta para o mundo espiritual, nossa verdadeira morada e, ainda, em novas reencarnações aqui ou em outros mundos para onde seremos levados pela Lei de Afinidade.
Todos necessitamos almejar uma vida melhor, usufruindo os bens que a Terra nos oferece. Mas para isso exige-se discernimento, sabedoria. Quem opta por degradantes deslizes, certamente colherá consequências que nos serão cobradas na volta para o mundo espiritual, nossa verdadeira morada e, ainda, em novas reencarnações aqui ou em outros mundos para onde seremos levados pela Lei de Afinidade.
Muito
interessante que o tema proposto da Evangelização para as crianças seja em
torno desta proposta, afinal, desde a concepção impõe-se para os pais a tarefa
benfazeja da criação e educação de seus filhos, espíritos em evolução e que
necessitam adquirir a confiança para trilharem seus próprios caminhos, devendo
ser preparados para o enfrentamento das provas e expiações que virão com a
vocação cristã e com a certeza de que são seres imortais e que sua verdadeira
morada é o plano espiritual.
Não
há mérito algum em nos isolarmos do mundo sob a alegação de não querermos
contagiar-nos pelos vícios e prazeres terrenos. O convite é justamente o
oposto, é participar, interagir, vivenciar as experiências terrenas como
bálsamo para o crescimento moral, alicerce seguro para que os pequenos de hoje
se tornem adultos responsáveis amanhã, irmãos conscientes da tarefa evolutiva
que todos nós temos de desenvolver cumprindo assim os desígnios da Providência
Divina.
Deve,
pois, o homem, aproveitar todas as oportunidades que a vida social proporciona,
nas suas mais variadas experiências, na convivência com seus iguais e
desiguais, na participação das atividades de interesses gerais, para fazer sua
caminhada progressiva.
O
importante é que, em tudo que se faça, haja o sentimento do bem, da pureza de
intenções, com discernimento e bom-senso, de forma a não melindrar ninguém,
sentindo-se alegres e felizes. Mas, que essa alegria venha da consciência do
dever cumprido e da certeza de serem todos, herdeiros de Deus.
Parabéns
às nossas evangelizadoras pelo trabalho edificante que realizam com nossas
crianças solidificando em suas bases a doutrina do Mestre Nazareno, que os Pais
cada vez mais participem das atividades propostas e que propiciem aos seus
filhos um fortalecimento do “ser” em detrimento do “ter”, formando cidadãos
mais conscientes e que viverão neste planeta cultivando o amor ao próximo, a
caridade e a humildade sendo verdadeiros semeadores da Boa Nova.
Ser do mundo é fazer parte, é comungar dos ideais, é
impregnar-se, possuir-se de uma realidade, é algo imutável. Estar é
transitório, passageiro, diz de conviver; quem faz parte hoje, pode amanhã já
não fazer mais. Portanto, estamos no mundo, usufruímos de suas riquezas, mas
tudo que há nele passa… Deste mundo não somos, somos do mundo novo, onde Deus é
tudo em todos. E Jesus já nos disse isso há mais dois mil anos!
Viver
no mundo sem ser do mundo, portanto meus irmãos é uma experiência edificante,
sublime. Somos, cada um de nós, uma dádiva da criação Divina e nossa passagem
por aqui é a chance que tanto buscamos para a nossa própria redenção tendo a
certeza que retornaremos mais fortes para a Pátria Espiritual para então
continuarmos nossa evolução rumo à eternidade.
Em
tempos de mudança como os vividos atualmente, podemos colaborar para a
construção de um mundo melhor, tão sonhado pela humanidade, fazendo efetivamente
a nossa parte: sendo cristãos! No trabalho incessante do bem, convivendo com as
pessoas que nos rodeiam, sejamos as cartas vivas do Evangelho, exemplos de
fraternidade sincera, demonstrando que é possível estarmos no mundo sem sermos
propriamente daqui, já que a nossa morada verdadeira é o UNIVERSO!
Que
a paz do Senhor nos ilumine sempre!
(Por Maximiliano da Cunha Neubauer)
Revista
Joseph Gleber - Ano 1 - Edição 6 - Junho/Julho 2017
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