Muitas são as oportunidades de trabalho no bem. Por
onde quer que estejamos sempre há alguém ou alguma instituição necessitando de
ajuda voluntária. É de nosso livre arbítrio a escolha de doar um pouco do nosso
tempo em prol do próximo.
Em todo o país, encontramos instituições que
realizam trabalhos louváveis pautados no amor e na fraternidade. O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma
delas e vem desenvolvendo um grande trabalho de ajuda à população,
destacando-se na atuação de prevenção ao suicídio.
No intuito de divulgar esse trabalho caridoso e,
quem sabe, ainda, incentivar mais pessoas a se engajarem nessa atividade, a Revista
Espírita Joseph Gleber (REJG) apresenta um pouco sobre esta instituição e traz
uma entrevista com um de seus voluntários, o Ademildo Juarez Galiza, que também
é trabalhador da Fraternidade Espírita Cristã Joseph Gleber (Fejog).
Entenda o que
é o CVV
Fundado em São Paulo no ano de 1962, o Centro de
Valorização da Vida é uma associação civil sem fins lucrativos, reconhecida
como uma Entidade de Utilidade Pública Federal, desde 1973. A instituição presta
serviço voluntário e gratuito de apoio emocional à população. Atualmente, mantém
com o Ministério da Saúde um termo de cooperação para implantação de uma linha
gratuita nacional de prevenção ao suicídio.
Qualquer pessoa que sentir a necessidade de conversar
pode realizar o contato com o CVV pelo telefone 188 (24 horas e sem custo de
ligação), pessoalmente (em um dos 93 postos de atendimento), pelo site www.cvv.org.br, por chat ou e-mail. Ressalta-se que ao ligar, a pessoa está sob
total sigilo e anonimato.
O CVV ainda desenvolve outras atividades
relacionadas a apoio emocional da população, tais ações são abertas à
comunidade e visam estimular o autoconhecimento e contribuir para uma melhor
convivência em grupo e consigo mesmo. Além disso, a instituição também mantém o
Hospital Francisca Julia que atende pessoas com transtornos mentais e
dependência química em São José dos Campos-SP.
Entrevista
1- Há quanto tempo você atua
como voluntário do CVV?
R. Atuo como voluntário do
CVV há 1 ano e meio.
2 – O que te motivou a ser
um voluntário do CVV?
R. O desejo de ouvir e poder
ajudar as pessoas de maneira amorosa.
3 - O que é preciso para ser
um voluntário?
R. Ter idade acima de 18
anos, disponibilidade de quatro horas por semana e realizar o “Programa de
Seleção de Voluntários” - PSV.
4 – Em geral, como é a
rotina de trabalho de um voluntário?
R. Cumprir seu plantão
semanal, participar de Reuniões de Grupo e Reuniões Gerais; e dentro de sua
disponibilidade, divulgar o CVV através de palestras e atividades afins.
5 – Em sua opinião, qual é a
importância de iniciativas como o Setembro Amarelo?
R. O Setembro Amarelo,
criado em 2015, é um marco na história do CVV. É um evento de mobilização
nacional, através da mídia, e de nós voluntários, que serve para alertar sobre
a prevenção do suicídio.
6 – O que posso fazer para
ajudar um conhecido que está pensando em suicídio?
R. Não ignorá-lo, dar apoio,
segurança, atenção e compreensão; ouvi-lo de maneira empática e amorosa é
essencial. Nunca aconselha-lo; o livre arbítrio deve ser respeitado.
7 – O trabalho como
voluntário do CVV mudou sua vida? Se sim, como?
R. Mudou muito. Passei a
entender a dor do outro sem julgá-lo, ter paciência para ouvi-lo, serenidade e,
principalmente empatia no sofrimento de cada um. Compreender que as dores pesam
de jeitos diferentes dentro de cada pessoa.