terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Minuto com Joanna de Ângelis




As incertezas pairavam nos corações e nas mentes ensombradas pelas amarguras.
A dominação arbitrária de Roma esmagava a alma sobranceira de Israel.
Noutras vezes, as algemas da escravidão haviam reduzido o seu povo a hilota, na Babilônia, no Egito...

Nessa oportunidade, porém, à semelhança de outras nações que jaziam inermes sob o jugo das legiões ferozes, as esperanças de libertação eram remotas.
A boca profética estava silenciosa nos penetrais do Infinito, enquanto as tubas guerreiras erguiam a figura de César às culminâncias divinas...

A espionagem tornara a vida insuportável, e a tradição cobria-lhe as pegadas ignóbeis.

A dor distendia suas redes e reunia as vítimas, que se estorcegavam no desespero.
Ao mesmo tempo, lutavam, entre si, sacerdotes e levitas, fariseus, saduceus e publicanos, todos disputando prerrogativas que não mereciam.
As intrigas se movimentavam nas altas cortes do Sinédrio, envolvendo Caifás, Anás, Pilatos, que se engalfinhavam pela governança infeliz a soldo de interesses subalternos...

A Judeia era toda um deserto de sentimentos, onde a vaidade e a prepotência, a usurpação e o desmando instalaram suas tendas.

(...) Foi nesse lugar, assinalado pelos azorragues do sofrimento, que nasceu Jesus.
Para atender às exigências de César, quanto ao censo, Seus pais se foram de Nazaré… E, em uma noite de céu turquesa, salpicado por estrelas luminíferas, visitada por ventos brandos e frios, Ele chegou ao campo de batalha, para assinalar a Era Nova e dividir os fastos da História.

Sua noite fez-se o dia de eterna beleza, e o choro, que Lhe caracterizou a entrada do ar nos pulmões, tornou-se a música que Ele transformaria nas almas em uma incomparável sinfonia, logo depois.

Nunca mais a Humanidade seria a mesma, a partir daquele momento.
O mundo de violências e crimes, de guerras contínuas e agressões conheceu a não-violência e o amor, como nunca antes houvera acontecido.

Jesus fez-se o Pacificador de todas as vidas.
Desceu dos astros para tornar-se a ponte da ligação com Deus.
Quantos desejaram a felicidade, a partir daquela ocasião, encontraram-na no Sermão da Montanha, que Ele apresentaria às criaturas, em momento próprio.

Desde ali, todo ano, aqueles que O amam dão-se  as mãos e unem os corações para celebrarem o Seu Natal, derramando bênçãos em favor dos que sofrem, buscando mudar-lhes as paisagens de aflição, brindando esperança,  socorro e paz.



Por: Cláudia Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário