terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

O que valorizamos na nossa vida?




Muitas vezes vivemos de forma automática, trabalhando, estudando, planejando um futuro de tranquilidade financeira e com tempo para aproveitar a vida.

Uma grande preocupação é a escolha da profissão, decidir o curso superior para prestar vestibular ou ENEM. Qual é o parâmetro para essa escolha?

Normalmente são quatro aspectos principais: oferta de vaga no mercado de trabalho, remuneração satisfatória, habilidade para exercer determinado ofício e identificação pessoal. Considerar fazer algo que alimenta a alma e traz benefícios para a coletividade é deixado de lado.

Uma outra questão significativa é a alimentação. Já parou para se questionar por qual motivo escolhemos os alimentos que comemos?

Normalmente a escolha ocorre pelo preço, pelo sabor dos alimentos, benefícios para a saúde, necessidades orgânicas, entre outras questões.

Na maioria das vezes, a alimentação é encarada de forma mecânica, secundária, que fazemos enquanto assistimos televisão, vemos um vídeo no YouTube ou visualizamos mensagens no celular. Ela também é relacionada a uma forma de se ter prazer, muitas vezes pautada no excesso da gula, ultrapassando os limites do nosso corpo físico. 
   
E nos nossos relacionamentos de amizade, como nos comportamos?

Todos valorizam na amizade a paciência do amigo, o companheirismo nas horas difíceis e a presença nos momentos de celebração. Entretanto, muitas vezes lidamos com a amizade como um “negócio sentimental”, uma troca de “mercadoria emocional”. Se não recebemos atenção no momento que acreditamos merecer temos o impulso de julgar sem compreender a postura do outro, resultando, em alguns casos, na ruptura da relação.
Em todas essas questões já abordadas, e nas demais que envolvem a nossa vida, cabe a pergunta de Jesus aos filhos de Zebedeu: “Que Buscais?” (João 1:38)[1].

Se buscarmos viver valores espirituais ao fazer nossas escolhas, tentando encarar a vida como verdadeiros seres imortais que somos, estaremos próximos de obter calma e resignação, adquiridas juntamente com a confiança no futuro nessa e na verdadeira vida. Essas duas ferramentas, a visão espiritual da vida e a confiança no futuro, cultivam a serenidade íntima, verdadeira vacina contra o suicídio.

Nesse contexto, o descontentamento, semente da dor e do desespero, principal causa do suicídio[2], será afastado com essa postura diante da vida terrena, juntamente com a fé no futuro.

Por: Gabriel Renaud Valejo




[1]Áudios com a leitura de textos de Emmanuel sobre o versículo e comentário de Haroldo Dutra Dias: https://www.portalser.org/7-minutos-com-emmanuel/7-min-com-emmanuel-011-que-buscais/ https://www.portalser.org/7-minutos-com-emmanuel/7-min-com-emmanuel-012-que-buscais/
[2] Segundo os itens 12 a 17, do Capítulo V, de o Evangelho Segundo o Espiritismo.

2 comentários:

  1. Dr Gleber que alma nobre
    Que coragem bondade sem limites a sua .

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  2. No importante quesito "alimentação", além de ser saudável e consumida nos horários certos e nas quantidades adequadas ao saciamento sem exagero, imprescindível refletirmos no fato de que muitos humanos ainda consomem despojos de animais, exatamente como o faziam, há milênios, seus ancestrais primitivos e bárbaros. Na condição de espiritualistas, há muito tempo já deveríamos ter erradicado do cardápio os pedaços de cadáveres de inocentes, porque nada justifica o seu consumo, tendo em vista a imensurável lista de produtos da Natureza, vindos da Mãe Terra, sem nenhuma gota de sangue neles, nutritivos e saborosos. Espíritas preguiçosos, indiferentes e insensíveis, têm se preocupado muito com o tal Mundo de Regeneração, esquecendo-se de que uma das condições para merece-lo, é praticar a caridade que pregam e o amor que exaltam, para os animais também, porque eles sofrem, sentem medo, desespero e dor, tanto quanto qualquer cão ou gato de estimação, a mesma dor, o mesmo medo e o mesmo desespero. De espíritos regenerados espera-se muito mais do que saber de cor os preceitos do Pentateuco pois “fora da caridade não há salvação” mesmo, se o respeito à vida de todos os seres, dela não fizer parte. Será que temos valorizado a compaixão, a piedade e a empatia, sentindo a dor dos animais que sofrem como se nossa fosse, ou ainda é cedo para a gente pretender aceitar as chaves desse Mundo Novo, com as mãos não lavadas do sangue deles.

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