segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Plano reencarnatório: O relato de uma mãe


Plano reencarnatório
Os mais evoluídos participam mais ativamente - quando não definem sozinhos seu próprio plano reencarnatório - por terem qualidades e adiantamento moral para tanto. Podem escolher o gênero de suas provas, que lhe possam servir de expiação segundo a natureza das suas faltas para progredir mais rápido. Essa liberdade de escolha dá-se por conta do livre arbítrio, que não é absoluto, pois tudo passa pelo crivo do Criador.

Há também os espíritos medianos, portadores de créditos apreciáveis e de dívidas numerosas, cuja reencarnação exige cautela de preparo e empenho de previsão. O tempo do planejamento varia conforme a necessidade do espírito. Na medida em que alcança mais degraus na escala evolutiva, a consciência da vida espiritual cresce, bem como a possibilidade de mais tempo no plano espiritual antes da próxima reencarnação.

Ainda nessa preparação, o espírito reencarnante entra em sintonia com o espírito materno. Ligações afetivas ou desafetos do passado, presos por vínculos emocionais e/ou energéticos, atraem o espírito para o campo vibratório que lhe afiniza.

Além dessas ligações, há uma assistência para que ocorra gradativamente a ligação fluídica entre o espírito reencarnante e a mãe. Até mesmo a vontade da futura mãe de engravidar tem influência desse processo. Os fluidos do espírito buscam adentrar a matéria, irradiando sobre as células físicas pela sua simples presença. Inicia-se aí o processo reencarnatório, que pode ter vários desdobramentos, além de todo um preparo e auxílio espiritual.

Sobre o desejo de ser mãe e os planos traçados pela espiritualidade
Ser mãe é muito mais do que eu poderia imaginar! Ver uma pessoinha que saiu de mim evoluir, crescer, aprender a cada dia é a sensação mais gratificante que eu poderia experimentar! Porém antes de todo esse sentimento pleno, eu passei por uma tempestade.

Em 2014 engravidei de um menino, o Caio. A gravidez estava perfeita, tirando apenas uma azia que desapareceu aos três meses de gestação. Estávamos felizes e plenos, primeiro filho, primeiro neto, enxoval, quarto, tudo aguardado a chegada do nosso pequeno!
Num dia de ultrassom de rotina, uma semana antes de chegar aos seis meses de gestação, nos veio o choque: Caio havia deixado seu corpo físico em formação. Sem sinal, sem dor, simplesmente nos deixou.

Embora eu fosse frequentadora do centro espírita, membro de grupo mediúnico, foi impossível não deixar os questionamentos e sentimentos ruins virem à tona. Passei por uma verdadeira maratona: tive que ir ao hospital induzir um parto normal. Minha mãe teve a incumbência de cuidar do funeral, já que eu estava internada e meu esposo estava tão em choque que não raciocinava.

O Caio teve tudo: um parto, um enterro, uma certidão, embora natimorto, com seu nome.

Embora toda dor e tudo que passei após o ocorrido, eu senti alívio ao fazer tudo isso. Foi como se aquele espírito precisasse disso tudo. Embora sejam ritos humanos, e o espírito em si não necessite de nada disso, talvez aquele espírito necessitasse. Talvez aquele espírito precisasse vir por um curto período de tempo, se sentir amado, desejado, e ter dignidade ao partir. Ou simplesmente ele pode ter desistido de reencarnar, pode ter achado que não era o momento certo.
Mas no meu coração eu sinto que ele precisava disso, nós precisávamos passar por isso, todos juntos (Caio, nossa família e eu), pois assim determinamos em algum momento.

E apesar de toda dor em ver um sonho ruir, sinto muita gratidão por ele ter me ensinado o significado do verdadeiro amor. Por ter me deixado amá-lo, por ter me deixado ser sua companheira 24 horas por dia. Confesso que demorei um pouco para assimilar tudo e me recompor emocional e espiritualmente, e o alicerce para que eu me reerguesse foi a Doutrina Espírita.

Atualmente
Hoje, dois anos e meio depois, sou mãe do Arthur. A criança mais doce e carinhosa que já conheci! Uma criança muito esperta e com uma missão linda pela frente. Eu sinto quando o olho nos olhos. 

Arthur frequenta o centro desde suas onze semanas de gestação, pois tive um descolamento ovular que me deixou três semanas em repouso. Comecei a receber passe de cura numa casa espírita de minha cidade (a qual tenho a maior gratidão!), e até hoje me é solicitado que eu leve o Arthur, e lá estamos nós, toda sexta-feira ( Arthur hoje tem oito meses).

Arthur coloriu nossos dias sem nos fazer esquecer seu irmão.
Meus filhos me tornaram o que sou hoje: mais forte, mais feliz, mais plena, MÃE!

Agradeço imensamente a eles por me escolherem como sua mãe, e á espiritualidade por ter permitido que eu o fosse.
Ser mãe é a missão mais árdua e gratificante que se pode receber!É a melhor missão!
Ser mãe é trazer o céu para dentro de si e sorrir mesmo em meio a tempestades.
Ser mãe é... DIVINO!

(Por Jaqueline Soares Paterno, da Casa Espírita Alvorada Nova, Bauru/SP)

Revista Joseph Gleber - Ano 1 - Edição 7 -  Agosto/Setembro 2017






3 comentários:

  1. Obrigado Jaqueline por compartilhar conosco sua experiência, nos dando oportunidade de buscar consolo e refletir sobre as relações em família.

    Que Jesus continue a fortalecendo e ao Arthur

    Gabriel Valejo

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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