Plano reencarnatório
Os mais evoluídos participam mais ativamente - quando não
definem sozinhos seu próprio plano reencarnatório - por terem qualidades e
adiantamento moral para tanto. Podem escolher o gênero de suas provas, que lhe
possam servir de expiação segundo a natureza das suas faltas para progredir
mais rápido. Essa liberdade de escolha dá-se por conta do livre arbítrio, que
não é absoluto, pois tudo passa pelo crivo do Criador.
Há também os espíritos medianos, portadores de créditos
apreciáveis e de dívidas numerosas, cuja reencarnação exige cautela de preparo
e empenho de previsão. O tempo do planejamento varia conforme a necessidade do
espírito. Na medida em que alcança mais degraus na escala evolutiva, a
consciência da vida espiritual cresce, bem como a possibilidade de mais tempo
no plano espiritual antes da próxima reencarnação.
Ainda nessa preparação, o espírito reencarnante entra em
sintonia com o espírito materno. Ligações afetivas ou desafetos do passado,
presos por vínculos emocionais e/ou energéticos, atraem o espírito para o campo
vibratório que lhe afiniza.
Além dessas ligações, há uma assistência para que ocorra
gradativamente a ligação fluídica entre o espírito reencarnante e a mãe. Até
mesmo a vontade da futura mãe de engravidar tem influência desse processo. Os
fluidos do espírito buscam adentrar a matéria, irradiando sobre as células
físicas pela sua simples presença. Inicia-se aí o processo reencarnatório, que pode ter vários
desdobramentos, além de todo um preparo e auxílio espiritual.
Sobre o desejo de ser
mãe e os planos traçados pela espiritualidade
Ser mãe é muito mais do que eu poderia imaginar! Ver uma
pessoinha que saiu de mim evoluir, crescer, aprender a cada dia é a sensação
mais gratificante que eu poderia experimentar! Porém antes de todo esse
sentimento pleno, eu passei por uma tempestade.
Em 2014 engravidei de um menino, o Caio. A gravidez estava
perfeita, tirando apenas uma azia que desapareceu aos três meses de gestação. Estávamos
felizes e plenos, primeiro filho, primeiro neto, enxoval, quarto, tudo
aguardado a chegada do nosso pequeno!
Num dia de ultrassom de rotina, uma semana antes de chegar
aos seis meses de gestação, nos veio o choque: Caio havia deixado seu corpo
físico em formação. Sem sinal, sem dor, simplesmente nos deixou.
Embora eu fosse frequentadora do centro espírita, membro de
grupo mediúnico, foi impossível não deixar os questionamentos e sentimentos
ruins virem à tona. Passei por uma verdadeira maratona: tive que ir ao hospital
induzir um parto normal. Minha mãe teve a incumbência de cuidar do funeral, já
que eu estava internada e meu esposo estava tão em choque que não raciocinava.
O Caio teve tudo: um parto, um enterro, uma certidão, embora
natimorto, com seu nome.
Embora toda dor e tudo que passei após o ocorrido, eu senti
alívio ao fazer tudo isso. Foi como se aquele espírito precisasse disso tudo.
Embora sejam ritos humanos, e o espírito em si não necessite de nada disso,
talvez aquele espírito necessitasse. Talvez aquele espírito precisasse vir por
um curto período de tempo, se sentir amado, desejado, e ter dignidade ao
partir. Ou simplesmente ele pode ter desistido de reencarnar, pode ter achado
que não era o momento certo.
Mas no meu coração eu sinto que ele precisava disso, nós
precisávamos passar por isso, todos juntos (Caio, nossa família e eu), pois
assim determinamos em algum momento.
E apesar de toda dor em ver um sonho ruir, sinto muita gratidão
por ele ter me ensinado o significado do verdadeiro amor. Por ter me deixado
amá-lo, por ter me deixado ser sua companheira 24 horas por dia. Confesso que demorei um pouco para assimilar tudo e me
recompor emocional e espiritualmente, e o alicerce para que eu me reerguesse
foi a Doutrina Espírita.
Atualmente
Hoje, dois anos e meio depois, sou mãe do Arthur. A criança
mais doce e carinhosa que já conheci! Uma criança muito esperta e com uma
missão linda pela frente. Eu sinto quando o olho nos olhos.
Arthur frequenta o centro desde suas onze semanas de
gestação, pois tive um descolamento ovular que me deixou três semanas em
repouso. Comecei a receber passe de cura numa casa espírita de minha cidade (a
qual tenho a maior gratidão!), e até hoje me é solicitado que eu leve o Arthur,
e lá estamos nós, toda sexta-feira ( Arthur hoje tem oito meses).
Arthur coloriu nossos dias sem nos fazer esquecer seu irmão.
Meus filhos me tornaram o que sou hoje: mais forte, mais
feliz, mais plena, MÃE!
Agradeço imensamente a eles por me escolherem como sua mãe,
e á espiritualidade por ter permitido que eu o fosse.
Ser mãe é a missão mais árdua e gratificante que se pode
receber!É a melhor missão!
Ser mãe é trazer o céu para dentro de si e sorrir mesmo em
meio a tempestades.
Ser mãe é... DIVINO!
Revista Joseph Gleber - Ano 1 - Edição 7 - Agosto/Setembro 2017
Obrigado Jaqueline por compartilhar conosco sua experiência, nos dando oportunidade de buscar consolo e refletir sobre as relações em família.
ResponderExcluirQue Jesus continue a fortalecendo e ao Arthur
Gabriel Valejo
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLindo depoimento, emocionante!
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