Para a 3° Edição da Revista Joseph Gleber, a equipe buscou conhecer um pouco mais sobre o atendimento
fraterno, trabalho importante, que muitas vezes é a porta de entrada da Casa
Espírita. Para falar um pouco sobre a prática dessa atividade, a equipe da revista
entrevistou três trabalhadores da Fraternidade Espírita Cristã Joseph
Gleber (Fejog), Aline Nogueira, Geraldo Teixeira e Giselle Izareli.
1) O que é o atendimento fraterno e como
funciona?
Para Gisele o atendimento
fraterno “é um bate-papo. A pessoa vai se abrir e o atendente verifica se ela
tem a necessidade de um tratamento”. O trabalho precisa ser estruturado para
“receber pessoas necessitadas que buscam respostas para o sofrimento,
independentemente de serem espíritas”, reforça Aline. Para o Sr. Geraldo “O
atendimento fraterno tem por objetivo, recepcionar as pessoas visitantes que
chegam desejosas de conhecerem a Doutrina Espírita, e em situações
particulares, receberem orientações à luz da Doutrina, para os problemas com
que se debatem”.
2) Qual a importância do atendimento
fraterno?
A importância “é prioritário
e primordial porque é o acolhimento quando a pessoa chega à Casa. Ela vai ser
recepcionada, se sentir querida, alguém para ouvir os problemas”, afirma Giselle.
Para Aline “o trabalho na seara do Cristo é algo que mostra que nós também
somos necessitados e que recebemos muito mais do que merecemos”. Sr. Geraldo
reforça ainda que “as pessoas que buscam, o atendimento fraterno,
visitantes, frequentadores ou trabalhadores, muitas delas vêm após esgotados os
outros recursos e, por isso, precisam encontrar alguém para expor suas
aflições. Suas dificuldades precisam ser ouvidas com atenção, a fim de se
fundamentar uma adequada orientação”.
3) É preciso um curso ou treinamento
específico?
“O atendimento fraterno através do diálogo é uma
atividade complexa e delicada que exige do atendente, além de razoável
conhecimento doutrinário e fidelidade à Doutrina Espírita, ter uma conduta
ilibada dentro da Instituição como fora dela, por isto é necessário participar
de cursos, treinamentos e estudo constante”, disse Sr. Geraldo.
Para Giselle e Aline “o ideal é um treinamento
e fazer cursos para a realização do trabalho, mas assim como toda área que
necessita aprimoramento, sempre devemos nos reciclar”, afirmam.
4) Quem deve procurar o atendimento
fraterno?
“Quando a pessoa entra na
Casa, nós oferecemos o atendimento, fica a critério dela fazer ou não. É como o
passe; se a pessoa não quiser ‘tomar’ o passe ela não é obrigada. Ela pode só
entrar, frequentar, assistir à palestra e ir embora. Mas, a gente convida
porque muitas vezes quem vai a uma casa espírita está procurando um tratamento
e conhecimento sobre a doutrina, então a gente explica como é a Casa, como é a
doutrina e oferece a oportunidade do estudo, além das palestras”, detalha Giselle.
“Quem sentir a necessidade de forma direta ou indiretamente”, resume Aline.
“Os que vêm a Fejog pela primeira vez, para receberem informações sobre
a instituição e suas atividades, sobre a Doutrina Espírita, e para pessoas
que têm suas aflições devem passar pelo atendimento fraterno através do
diálogo, expondo suas dificuldades e serem encaminhadas a assistência
espiritual conveniente a cada caso”, Sr. Geraldo explica como funciona na Fejog.
Sr. Geraldo Teixeira que é presidente da Fejog relata ainda que realiza a atividade desde 1974. “No início recebíamos as pessoas sem muitas formalidades, atualmente a atividade é mais aprimorada, com procedimentos mais específicos, estudos, e uma visão mais ampla da importância do atendimento fraterno dentro das Instituições Espíritas”, conta ele.
Giselle Izareli é de São Paulo, mas mora no Espírito Santo há nove anos. “Frequento a Fejog logo que cheguei ao Estado e trabalho no atendimento fraterno há mais ou menos sete anos”, disse.
Para quem quiser conhecer mais sobre o assunto, o livro “Atendimento Fraterno” é uma boa dica. Um livro leve de perguntas e respostas, psicografado por Divaldo Pereira Franco, ditado pelo espírito Manoel Philomeno de Miranda.
Se você sentiu necessidade e precisa fazer um atendimento fraterno, procure uma Casa Espírita. Os atendimentos na Fejog acontecem as terças, quartas, sextas e sábados, às 19h30 e fica na Av. Antônio de Almeida Filho nº 15 na Praia de Itaparica, ES – CEP 29.102-280.
Quem já conhece a Doutrina e fazer parte da equipe de trabalho, procure a coordenação da casa. Lembrando que o estudo é sempre fundamental.
(Por Stéphane Figueiredo)
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